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Antes de iniciar a matéria, já aviso que estou devendo algumas matérias legais para vocês, mas nesta semana resolvi viajar e tirar umas “férias”, mas voltarei a postar com força total em breve.
Muitos acreditam que o Windows Phone morreu, outros acham que está mais vivo do que nunca. Todos os dois estão certos se observados por óticas diferentes, ele estaria morrendo se dependesse da sua participação no mercado, mas estaria mais vivo do nunca de acordo com o avanço das atualizações e da quantidade e qualidade de novos apps. Se por um lado ainda não chegou Pokémon Go, Snapchat ou Periscope, e ainda dependemos do Specter, PoGo e Easyscope, no outro lado a Plataforma Universal conseguiu trazer o Facebook, Messenger, Instagram, Skype, Twitter, VLC, Steam e tantos outros renovados.
Em quantidade de recursos exclusivos e diferenciais, o novo Windows Phone, chamado de Windows 10 Mobile, também não faz feio com a Cortana em português, Windows Hello, Continuum, UWP, integração cada vez mais profunda com o PC e Xbox, e por aí vai.
Contudo, a Microsoft se desfez de grande parte das fábricas e dos funcionários “herdados” da compra da divisão móvel da Nokia. Os Lumias estão em extinção e possivelmente já chegaram ao fim de linha e tudo parece acontecer de forma premeditada para uma reestruturação profunda deste setor da empresa.
Vamos ser sinceros e entender os problemas u1w5l
- O Windows Phone não conseguiu bater de frente com o iOS e Android em termos de participação global. Claro que, na América Latina ou na Europa, o sistema ganhou destaque, mas não conseguiu cativar o apoio de grande parte dos fabricantes e consequentemente de alguns desenvolvedores.
- A marca Lumia perdeu força nos sites especializados de tecnologia.
- A Microsoft/Nokia dominou a participação do sistema móvel além de possuir aplicativos exclusivos que inviabilizavam a concorrência de fabricantes alheias. Será que injetar dinheiro na Nokia para lançar Lumias espantou outros fabricantes? Provavelmente, sim.
- Se Steve Ballmer estivesse na Microsoft, seria capaz do sistema rodar mais apps do Android do que UWP. Lembre-se, ele era fã dessa ideia.
A combinação dessa listinha de erros tornaram o Windows Phone mais perto do iOS, em termos de abertura, do que o próprio Windows desktop da empresa. Entendemos que é um fato.
Corrigindo os erros 2m2x2w
- A Microsoft decidiu se livrar da aquisição da Nokia, claro que, a “parte boa”, como por exemplo o Pureview, está nas mãos da empresa da rainha dos softwares. Mas a saída dos Lumias do mercado e a retirada de atualizações, aplicativos e recursos exclusivos também tentam conquistar mais fabricantes.
- A morte da marca Lumia em prol da marca Surface. Bem, se isso se confirmar no próximo ano, veremos o Surface Phone. Por ser de um marca que tem feito um enorme sucesso lá fora, é claro que os sites especializados e a mídia terá melhor olhos se comparado a mais um novo Lumia no mercado.
- Foco total na Plataforma Universal.
- Criar uma nova categoria de PCs híbridos com smartphones, e se valer da estratégia da linha Surface para atrair mais fabricantes.
PC + Windows 10 = fabricantes 2p622
Ninguém aqui está falando que a Microsoft irá acabar com o Android ou iOS no próximo ano, mas na verdade, esperamos que a empresa de Redmond crie um novo produto diferenciado e que atenda inicialmente nichos importantes, até que se torne também viável aos consumidores finais. Atualmente o Windows 10 Mobile é vendido para os fãs e público empresarial.
Mas como tornar o Windows Phone sustentável sem ter que injetar dinheiro em fabricantes? Será que se injetar em uma, outras ficariam com “ciúmes“? Se pagar pelo Snapchat outros desenvolvedores também iriam querer recursos financeiros? Isso seria sustentável e daria certo? Bem, isso já foi adotado por Ballmer e parece que não foi uma boa saída.
O Windows Phone tem vender por si só, tem que conquistar fabricantes com suas próprias pernas, o “rapaz” já não é mais uma criança. O foco empresarial é justamente para isso. Empresas como a HP e Acer já deixaram claro que, segundo seus estudos, o mercado corporativo busca aparelhos com a segurança e veia produtiva – o Windows 10 Mobile é uma excelente solução. Esta foi uma das saídas que a Microsoft conseguiu para fazer com que mais fabricantes investissem no seu sistema móvel, e tem dado certo, são pelo menos 17 que já apoiam. Dentre elas estão a Lenovo, Vaio, Acer e HP, fabricantes tradicionais do mercado de PCs, e isso pode não ser consciência.
Para muitos, estamos diante da era pós-PC, onde os tablets despescam em vendas e os híbridos, liderados pelo Surface, ganha mais participação no mercado. Aliás, até os smartphones estão a cair em vendas no mundo todo.
A Dell já se despediu dos tablets com Android, a Samsung já lançou Galaxy com Windows 10 (foto acima) e até a Xiaomi resolveu lançar seu laptop recentemente. O Windows está vivo, enquanto o Android em tablets não deu o resultado esperado. Percebam que a era “pós-Pc” está recebendo forte influência da Microsoft e até a Apple quer convencer que o iPad Pro é um PC. Percebam que, os PCs não morreram, só evoluíram para dispositivos mais compactos, conversíveis e com telas touchscreen.
Os PCs estão vivos e com cara nova e, as fabricantes estão apoiando o Windows 10. Voltando alguns parágrafos atrás, nós falamos que a Microsoft quer criar uma nova categoria de smartphones híbridos com PCs, obviamente com Windows 10. Juntando A + B, é fácil descobrir que isso é um movimento para conseguir mais apoio. Nem todo mundo pode levar seu PC nas costas, ou no bolso.
Por favor Microsoft, dê o xeque-mate 4sp67
O Windows 10 Mobile já está a se tornar um “sistema desktop” através do seu Continuum, mas precisamos mais que isso. Recentemente, a Akyumen criou o Holofone, um aparelho com dual-boot entre Android e Windows 10 PC. A ideia é que os usuários não terão que fazer concessões, um aparelho que além de smartphone pode ser utilizado como um PC completo. Parece ser uma ideia genial para quem deseja um aparelho completo e versátil.
Outro ponto que vale salientar, o ChromeBook do Google conseguiu vender bem no primeiro trimestre do ano, depois de anos de fracasso. Claro que, nada estrondoso, mas ocorre que a Google conseguiu cativar os estudantes com seu “notebook baseando na nuvem” com o ponto forte: preço.
Outro ponto interessante, a Microsoft é uma das empresas mais poderosas do mundo dos games, além de possuir o Xbox, ela ainda tem o Windows, o sistema por excelência dos games. Não deve demorar muito para que mais jogos apareçam na Windows Store, sejam do legado Windows, do próprio Xbox ou da nova Plataforma Universal. O Windows 10 pode fomentar o Cross-buy, Cross-save e Cross-Play graças a unificação proposta como filosofia máxima.
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Tudo isso para dizer que, por favor Microsoft, permita que os programas x86 funcionem também no Windows 10 Mobile. As fabricantes poderiam apoiar, afinal elas já têm um preço pelos PCs e existe um bom público que não quer levar andar com um PC nas costas. Os públicos entusiastas, corporativos, estudantes e gamers poderiam servir como nichos iniciais. Já conheço muita gente que usa o Windows Phone por causa do Xbox, por exemplo.
Hoje em dia, muitas TVs já saem com o Miracast de fábrica e já dispensam o uso de adaptadores. Muitos usuários do atual Continuum do Windows 10 Mobile também já descobriram um outro ponto forte além da mobilidade, a economia de energia. Isso já é muito bom para os consumidores, e mais ainda para as empresas.
Percebam que, o caminho para o xeque-mate seria o mesmo que os Surface tomaram ao deixar o Windows RT de lado e focar na programas X86. Mas repetimos, isso não enterraria o Android ou iOS, mas traria um produto diferenciado para o mercado e que poderia atrair fabricantes e usuários para acabar com a história que o sistema móvel é o patinho feio da empresa.
Concordam? ou não?