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Sob o comando de Steve Ballmer, a Microsoft decidiu que para alavancar o Windows Phone seria necessário criar seus próprios smartphones com a aquisição da sua principal parceira, a Nokia. Este negócio custou US$ 7,2 bilhões.
Agora, no dia 25 de maio de 2016, sobrou pouco dos 25 mil funcionários da antiga Nokia que vieram junto com a aquisição. A Microsoft já havia dado baixa nos US$ 7,2 bilhões gastos com a fusão e, agora com a nova onda de demissões, também deu baixa em mais US$ 950 milhões. Ao todo, o prejuízo foi de 8 bilhões de dólares.
Se Ballmer ainda estivesse na Microsoft, a sua estratégia seria diferente. Ele colocaria o sistema para rodar aplicativos do Android e explodiria o mercado de Lumias, até que alavancasse – mas claro que isso teria muito custo e poderia não funcionar. No caso de Nadella, a Microsoft confia plenamente no Windows 10 e sua plataforma universal para fortalecer a sua loja. Duas estratégia totalmente opostas.
A empresa finlandesa, no entanto, vendo seus lucros caírem junto com a participação no mercado, cogitava uma guinada para o Android ou vender sua divisão para outros, já que só tinha prejuízos. No final de tudo, a conta não saiu barata para a Microsoft e a Nokia já licenciar sua marca para outras fabricantes entrarem na guerra.
Provavelmente a linha Lumia será encerrada a partir de agora. A Microsoft criará novos dispositivos móveis que funcionarão como híbridos entre smartphones e PC para aproveitar o que só o Windows 10 pode oferecer. Ainda sem muitos detalhes, especulam-se que a linha Surface finalmente chegará aos seus dispositivos móveis.
Valeu a pena? 1d6fr
É complicado dizer que a compra da divisão de dispositivos móveis da Nokia tenha sido um fracasso, já que Nadella não esperou para ver se a estratégia vingaria ou não. Neste últimos anos, vimos quedas drásticas na produção de Lumias e um mal uso dessa divisão.
Por outro lado, os aplicativos estão chegando à Plataforma Universal e o tal Surface Phone ainda não foi lançado para entendermos quais serão as armas para a nova geração de dispositivos da Microsoft.
O choque entre pensamentos do velho e do novo CEO da Microsoft causaram uma restruturação gigante, sem precedentes e que causou confusão.
Quem acertou? É complicado descobrir.
Fonte: The Verge