42h4m
O mundo acordou com o pé atrás, com bolsas em forte queda e toda uma insegurança oriunda da confirmação de que Donald Trump como o presidente dos Estados Unidos.
A sua vitória também deve trazer impactos diretos para o mercado de tecnologia pessoal, já que o republicano disse que obrigaria as empresas americanas a repatriar suas linhas de produção. Lógico que a Microsoft e a Apple estão inclusas.
“Nós vamos fazer a Apple construir os seus ‘malditos’ computadores e coisas neste país, em vez de outros países”, afirmou Trump no início de 2016. “A Apple e todas estas grandes empresas terão de fazer seus produtos nos Estados Unidos e não na China ou Vietnã.”
O professor Jason Dedrick, da Syracuse University, afirmou à Wired que a Apple além de terceirizar sua produção a um único fornecedor em um único país, ela conta com uma ampla e complexa cadeia de fornecimento para elaborar um iPhone. Tudo esse procedimento consegue abater aproximadamente 60% do valor de cada smartphone vendido.
Produtos como Xbox One, que geram empregos, são produzidos aqui no Brasil e exportados para a América Latina. Se Trump cumprir o prometido, isso também pode mudar.
Mais problemático que a “falta de patriotismo”, o impedimento de produzir fora dos Estados Unidos seria logisticamente impossível para as empresas, que aproveitam a mão de obra barata de outros locais para reduzir os preços de seus produtos.
Na prática, não dá para levar Trump a sério, mas veremos se ele pode provocar um colapso na economia global.
Em 2015, Trump citou o Brasil ao listar países que, segundo ele, tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais que ele considera injustas. A balança comercial entre os dois países, porém, é favorável aos EUA.